Trabalhador está perdendo seus direitos

Wilson e desembargadora

O presidente da Federação dos Empregados em Turismo e Hospitalidade do Estado do Paraná, Wilson Pereira, participou do Seminário Nacional sobre os reflexos da Reforma Trabalhista nas Relações de Trabalho e Sindical, promovido pela Confederação dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade – Contratuh, na semana passada, em Brasília. Ele tomou parte também do quórum que reelegeu Moacyr Auersvald para presidente da Contratuh por mais cinco anos a partir de dezembro vindouro.
Durante o Seminário Wilson teve oportunidade de apresentar aos presentes o pensamento da Fethepar sobre as questões que estão sendo discutidas no Congresso Nacional e que vem penalizando cada vez mais a classe trabalhadora.

Diz Wilson que além de retirar direitos históricos dos trabalhadores, “o governo, a pretexto de um discurso que tenta inculcar nas pessoas possíveis avanços, quer, indisfarçadamente, se retirar do papel de mediador nas relações entre patrões e empregados, delegando a organização das regras aos próprios trabalhadores, à mercê dos interesses dos empresários. A tarefa se torna difícil para o sindicalista que tem compromissos com o interesse do trabalhador e sua família dentro das regras fixadas pela legislação, mas quando a legislação é colocada de lado e a negociação fica livre e onde prevalece o poder econômico e o interesse de que precisa e de quem dá emprego, fica muito mais difícil haver igualdade de condições de discussão. ”

Wilson aproveitou para trocar informações durante a ocasião com a desembargadora aposentada Magda Biavaschi, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT4), que explicou as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que afirmou entre outras coisas que “o órgão está se adiantando e reconhecendo possibilidades previstas da Reforma Trabalhista antes mesmo do projeto sancionado pelo presidente Michel Temer vigorar em setembro próximo.

O presidente da Fethepar acha fundamental que sejam esgotados todos os recursos para tentar corrigir os erros cometidos durante a aprovação da matéria no Congresso, nunca esperando que medidas provisórias posteriores venham favorecer o trabalhador. “Está muito claro que o governo joga a favor do empresário e pouco se importa com as conquistas dos trabalhadores e pouco se preocupa com a subsistência de sindicatos fortes”.
“Se as negociações eram difíceis com todas as conquistas que dispúnhamos anteriormente, agora será mais complicado ainda”, concluiu o presidente da Fethepar.

 

Fonte: Fethepar